NAVEGADORES CHINESES |
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Pesquisadores descobriram
que uma grande esquadra chinesa fez uma viagem de exploração e
comércio há seis séculos passados. A armada teria cruzado o Mar da China
dirigindo-se para o oeste tendo chegado muito provavelmente ao Ceilão,
Arábia e leste da África!
Especula-se que tenha mesmo chegado à América!
A frota era comandada pelo almirante Zheng he que por mais de 27 esteve
a serviço do império chinês.
A frota que empreendeu a primeira viagem zarpou em 5 de março de 1421 do
porto de Tanggu.
Muçulmano, de família pobre, Zheng He
foi capturado pelo Exército chinês e castrado quando criança. Depois
disso, ele se dedicou ao estudo de línguas e de filosofia, até
começar a trabalhar na corte da dinastia Ming. Zheng começou suas
expedições aos 32 anos de idade e só parou de navegar quando morreu,
aos 60.
Zheng realizou suas viagens em um período de 28 anos, entre 1405 e
1433. A sua primeira expedição traçou a rota entre a Ásia e a
costa leste da África, através do oceano Índico.
O tamanho das esquadras lideradas pelo navegador chinês também
chamado de Cheng Ho não tem paralelo na história.
Oitenta e sete anos depois, Colombo descobriu a América do Norte com
três navios e menos de 300 homens. As embarcações chinesas tinham
120 metros e eram cinco vezes maiores que as de Colombo, de 27
metros. |
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O aprofundamento das pesquisas constatam
que não foi um feito isolado como pensou a princípio!
Na verdade, era uma prática bem comum!
A frota, segundo se sabe, seria composta por nove enormes embarcações de
transporte, 24 outras embarcações de combate e apoio que traziam em seu
bojo de água potável a cavalos para sua cavalaria dentre muitas outras
coisas.
Ao todo a armada empregou 27.000 pessoas entre tripulantes e soldados.
Carregados com a seda, porcelana, e
objetos de laca, visitaram muitos portos do Oceano trocando com os
árabes e africanos por marfim, ervas medicinais, madeiras raras,
tendo maior interesse pelas pérolas que eram muito desejadas pela
corte imperial chinesa Entre 1405 e 1433, por sete vezes as frotas
chinesas se aventuraram rumo ao mar desconhecido.Essas sete grandes expedições criaram uma
rica rota comercial sob a égide do governo imperial chinês ligando
Formosa às cidades do Golfo Pérsico, meio século antes dos portugueses
contornarem o Cabo da Boa Esperança na África descobrindo o Oceano
Índico! Apesar da força e da prosperidade que marcaram seu império, os
imperadores da dinastia Ming deliberadamente não tentaram colonizar
terras além do reino médio. |
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Junco chines do
século XIV encontrado em 1938 |
Dominando uma avançada tecnologia tanto
na arte de navegar como em vários outros setores da atividade humana os
chineses poderiam ter expandido suas influências além da Índia e da
África!Mas, diferentemente dos portugueses,
espanhóis, holandeses e ingleses, não houve por parte dos sucessivos
imperadores chineses o desejo de colonizarem o mundo!
Pelo contrário, um século depois, o comércio ultramarino foi proibido
terminantemente!
Mas o que levou a essa atitude?
Para muitos pesquisadores esse atitude de pura xenofobia e
isolacionismo acarretou o declínio do império chinês!
Os primeiro navios chineses para o comércio foram construídos durante a
dinastia Song (960-1270). Mas os imperadores mongóis posteriores a
dinastia Yuan é que incrementaram as primeiras frotas comerciais
negociando nos entrepostos de Sumatra, Ceilão e sul da Índia. |
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Quando Marco Pólo fez sua famosa viagem à corte Mongol, relatou que as
enormes embarcações eram dotadas de mais de 60 cabines individuais para
comerciantes, anteparas à prova d'água, e grupos de até 300.
Com o surgimento da dinastia Ming no século XIV, foi feito um exame da
frota e de sua rede de comércio já existente. O espírito empreendedor da
era Ming alcançou o clímax após a rebelião do príncipe Zhu que usurparia
o trono em 1402. Em 1403 relata-se que 317 navios zarparam do porto de
Nanquim rumo ao Ceilão e entrepostos dessa área do Oceano Índico!
Um
mapa, cópia feita em 1763 do
original, que data supostamente de 1418 pode indicar que a América
já teria sido visitada pelos chineses muito antes que Colombo! .A
peça parece apontar as façanhas do almirante chinês, que cruzou os
oceanos entre 1405 e 1418, e que ficaram bem documentadas em um
livro publicado na China por volta de 1418 sob o título de "As
Maravilhosas Visões da Frota Estelar". |
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Durante as primeiras três décadas do século XV, frotas de importância
navegariam pelo oceano Índico sinalizando para as nações “bárbaras” do
resto do mundo todo o poderio do império chinês!Mas, até onde isso pode
ser verdade?
Segundo relatos de comerciantes da época os mesmo falam: “Os navios a
vela do mar do sul são como casas. Quando suas velas estão abertas,
parecem nuvens espalhadas no céu.” Eram factíveis as dimensões relatadas
de grandes navios com 120 m de comprimento com 36 m de largura?
Ou tudo não passava de um enorme exagero?
Somente os navios de guerra de madeira do ocidente chegariam próximo
disso na época Vitoriana. Esses navios para poderem ter uma estrutura
firme, tiveram de recorrer ao ferro para solucionarem problemas
decorrentes de seu tamanho!
Entretanto, em 1962, os restos de um navio chinês dessa época foi
encontrado em Nanquim por arqueólogos! Possivelmente tratava-se de uma
embarcação do período Ming! O madeiramento não tinha menos de 90 m de
comprimento! Baseando-se nos relatos técnicos da época, chegou-se a
conclusão que a embarcação teria tido o comprimento em torno de 150 m.
A maior embarcação da frota de Colombo
que descobriu a América em 1492 era a nau Santa Maria. O seu
comprimento estaria em torno de 27 m de comprimento.
Comparando a embarcação do almirante Zheng he pode-se ter uma idéia
da enorme diferença de tamanho entre as embarcações. |
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Outros achados arqueológicos dessa “idade dourada” foram achados fora do
perímetro da costa chinesa. No ano de 1973, em Quanzhou, foram
encontrados restos de uma embarcação do período Song. Esse navio
provavelmente afundou no ano 1270. Seu casco era moldado em uma quilha
de pinho de 30 m. Pelo que se pôde apurar, dentro de seus 13
compartimentos foram encontradas madeiras como cedro, madeiras
aromáticas, escudos originários do leste africano. O navio de Quanzhou
sugere que já naquela época, os chineses estiveram envolvidos em
gloriosas façanhas negociando através do Oceano Índico. Indica também
que seus navios eram muito resistentes e que já conheciam o conceito de
seções estanques, coisa que o ocidente apenas viria a descobrir séculos
depois!
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