Embarcações
sul-americanas
O
tipo maior de balsa a vela peruana era ainda usado em tempos
recentes, para transporte de pessoas e de animais e para a pesca, no lago
Titicaca. A balsa tinha proa e popa iguais, era manobrada por dois homens
e transportava até doze pessoas. O casco era feito de feixes de varas de
6 m de comprimento, ligados em espiral, adelgaçados e presos na
extremidade para formar a proa e a popa. Dois feixes mais finos, ligados
aos flancos, proporcionavam o indispensável bordo livre. O mastro (às
vezes bípede) de bambu podia inclinar-se para diante. A vela de junco
presa a uma antena e a uma verga de bambu e reforçada por quatro leves
varetas, ficava à popa do mastro. Uma balsa durava dois ou três meses,
findos os quais, as varas e as ligaduras apodreciam e a embarcação se
desfazia em pedaços.
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Chama-se
jangada uma barcaça, rudimentar mas típica, dos pescadores brasileiros.
Constituem-lhe a base, em forma de prato retangular, alguns troncos de
madeira leve unidos, macho e fêmea, com longas cavilhas. A vela é
estendida de uma haste, come as velas trapezoidais. Na popa das grandes
jangadas, sobre uma plataforma, há uma cabina com teto de palha, atrás
da qual está a forqueta de sustentação do mastro quando é abaixado.
Para evitar a deriva a sotavento, a jangada tem uma tábua de deriva presa
a um sólido tronco, à popa do mastro. O remo serve para navegar e para
controlar a jangada.
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